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Câncer de mama é o mais incidente em mulheres no Brasil

Todos os anos a campanha internacional “Outubro Rosa” alerta as mulheres sobre a prevenção para a doença

O Global Cancer Observatory (GCO) constatou, em pesquisa divulgada este ano, um levantamento que mostra que o câncer de mama, em 2020, foi responsável por 11,7% dos novos casos de câncer no mundo, afetando 2,26 milhões de pessoas. O levantamento apontou que esse tipo de tumor se tornou o mais diagnosticado no ano passado, superando o de pulmão. A estatística não considera os tumores de pele não-melanoma, que são ainda mais comuns, porém raramente letais.

No Brasil, também excluídos os tumores de pele não-melanoma, o câncer de mama reflete o quadro mundial e é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste.

Para o ano de 2021, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres. Além disso, esse tipo de tumor é a primeira causa da morte de mulheres por câncer em todas as regiões do Brasil, exceto no Norte, onde o câncer de colo de útero ainda ocupa o primeiro lugar.

Todos os anos a campanha internacional “Outubro Rosa” alerta as mulheres sobre a prevenção para a doença. Ter informação, saber se prevenir e onde buscar ajuda é extremamente importante, já que com o diagnóstico precoce as chances de cura aumentam muito. É o que ressalta o oncologista da Rede Meridional, Dr. Fernando Zamprogno.

“A ampliação da mamografia de rastreamento, exame que detecta o câncer de mama, contribui para que mais casos sejam contabilizados. Ao mesmo tempo em que aumenta o número de pacientes diagnosticados, o exame amplia a possibilidade de cura ao ajudar a identificar a doença em fases iniciais”, explica Zamprogno.

Sintomas e tratamento

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). O INCA também afirma que o câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos da doença.

Já o Ministério da Saúde destaca que os principais fatores de risco comportamentais relacionados são: excesso de peso corporal, falta de atividade física, consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo. Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.

Cânceres familiares

Importante: também o ginecologista e mastologista, Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – regional Espírito Santo, Luiz Alberto Sobral, neste mês de outubro, pede às mulheres, e também aos homens, que tenham atenção especial às síndromes genéticas relacionadas a alguns cânceres familiares.

Ele lembra que as mais recorrentes são as mutações do BRCA 1 e BRCA2, abreviatura de Breast Cancer gene 1 ou 2. Dois genes diferentes, que afetam as chances de uma pessoa desenvolver câncer de mama e ovário.

Quem as têm, possuem mais chances de desenvolver câncer de mama, inclusive em homens, e câncer de mama em ovário, em mulheres. Outras síndromes genéticas têm predisposição para câncer de estômago e intestino. Então, importante que as pessoas fiquem atentas aos cânceres hereditários ou familiares, ligados a essas mutações genéticas, que cada vez mais demandam pesquisas da área médica.

“Por isso, a história familiar é fundamental. Vale ter atenção especial aos casos de mulheres que tiveram histórico na família de câncer de mama antes dos 35, de cânceres de mama bilateral, de cânceres de ovários em diferentes gerações. Todos eles podem todas direcionar para mutações genéticas importantes”, reforça ele.