Importância sobre estar atento ao AVC
Um assunto que deve ser debatido rotineiramente é o tratamento de AVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmente conhecido como derrame.
O neurologista da Rede Meridional, José Antônio Fiorot Junior, afirma que existe uma epidemia silenciosa de AVC. “No mundo, mais de 15 milhões de pessoas sofrem AVC e 30% delas morrem no primeiro ano. É necessário que as pessoas saibam identificar os sintomas da doença e agir no menor espaço de tempo possível, pois o rápido atendimento é o que garante o mínimo de sequelas e permite que as pessoas voltem ao seu convívio normalmente”, ressalta o médico.
Como identificar um AVC?
Na maioria das vezes é fácil identificar um AVC. O paciente geralmente fica com um lado do corpo fraco, a boca entorta e é difícil falar uma frase inteira corretamente. Se um desses sintomas acontecer de forma súbita, é importante não perder tempo e procurar ajuda profissional.
Protocolo de atendimento:
Assim que a suspeita de AVC chega ao hospital, o atendimento tem que ser prioritário, pois é essencial para minimizar as sequelas. A primeira avaliação deve ocorrer nos primeiros 10 minutos e a tomografia deve ser feita nos próximos 20. O medicamento deve ser administrado em, no máximo, 60 minutos após a internação. Quando todo o atendimento é feito nos primeiros 90 minutos, a chance de sucesso é de quase 50%.
Diferenças de AVC:
Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, quando uma artéria entope, e o hemorrágico, quando a artéria se rompe. 80% das causas do AVC são isquêmicas e ocorrem por entupimento de uma artéria do pescoço ou do cérebro. Outra grande parte acontece quando um trombo se desloca do coração e vai parar no cérebro, principalmente em casos de arritmia cardíaca. Quando o atendimento é feito corretamente, é possível chegar a um diagnóstico e tratamento que reduzem as chances do AVC acontecer novamente.