Outubro Rosa faz com que números de exames aumentem em até 39% no Brasil

Outubro Rosa faz com que números de exames aumentem em até 39% no Brasil

A detecção precoce do câncer de mama leva a melhores resultados de redução de mortalidade e tem melhor custo-benefício para o sistema de saúde em geral. Mesmo assim, a adesão ao rastreamento continua sendo um desafio. Um artigo científico publicado no início de setembro na Public Health in Practice – com o título “Does Pink October really impact breast cancer screening?” –  mostra, em números, que o estudo brasileiro constata que as campanhas de conscientização sobre o câncer de mama no Outubro Rosa aumentam o volume de rastreamento de mamografia em 39% no serviço público brasileiro, no período da campanha e nos meses imediatamente após outubro.

 O oncologista da Rede Meridional, Dr Luiz Gustavo, é enfático em afirmar que “com a campanha Outubro Rosa e o aumento do número de mamografias realizadas no Brasil no mesmo período é possível constatar que a conscientização sobre o câncer de mama é cada vez mais necessária regularmente e essas campanhas devem ser incentivadas pelas entidades médicas, sociedade em geral e pelo governo federal durante outras épocas do ano”.

 O câncer de mama é o tipo de tumor mais frequente em mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não-melanoma, e corresponde a 28% dos novos casos de câncer. No ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou 2,1 milhões de novos diagnósticos e 627 mil mortes em decorrência do câncer de mama no mundo. No Brasil, foram previstos 59,7 mil novos casos da doença, que é a primeira causa de mortalidade por câncer em mulheres.

 No início da pandemia de COVID-19, o rastreamento do câncer de mama caiu 60,4% no Brasil, mas os volumes foram restabelecidos em 2021. Uma das conclusões dos médicos responsáveis pela pesquisa é que campanhas de saúde pública como o Outubro Rosa se expandam para mais meses.